AGIR, PENSAR, SENTIR.
Assim como o exercício físico é indispensável para a saúde do corpo, pensar e sentir são da mesma forma importantes para a saúde da mente e do espírito.
Devemos indagar sempre, a cada instante, buscando respostas aos pequenos e grandes segredos da Vida. O conhecimento das razões, das causas, não somente nos ajudará a percorrer o caminho da existência, iluminando as sendas por que devemos passar, como também nos dará força e disposição para a caminhada.
O exercício de sentir, por sua parte, torna mais ágil o espírito, fazendo-o responder com maior intensidade e rapidez às exigências do existir. A qualidade espiritual de cada um é medida, assim, pela capacidade de pensar e sentir.
Nada é ofertado de graça mas sim em resposta a algum esforço despendido. Alguém que permaneça parado, sem se mover, não poderá pretender alcançar seu objetivo, mais adiante. O aprendizado, nos ensina a Vida, depende ainda – muitas vezes – da repetição do exercício, tantas vezes quantas necessárias para que o conhecimento se incorpore à nossa mente.
Igualmente, devemos exercitar-nos na Arte de Sentir, repetindo, no dia à dia, as lições que pretendemos aprender, apreender, incorporar ao nosso espírito. Não devemos deixar ao acaso a tarefa que exige compromisso, atenção permanente. Tal deve ser nossa postura frente à extraordinária potencialidade da alma: aprender, aprimorar-se, evoluir.
Assim como se busca a academia de ginástica para a cultura do corpo e a escola para o desenvolvimento mental, deve-se buscar, no trato dos sentimentos, o aperfeiçoamento do espírito.
(Barcelona, 17 de abril de 2005)
FELIZ ESPERANÇA!
Comemoram os cristãos, nestes dias, a Páscoa, a Ressurreição de Cristo, a vitória da Vida sobre a Morte, da Esperança sobre a tristeza de não se ter mais o que esperar.
Bom momento para meditar sobre o tema, da maior importância para todos nós, humanos, cristãos, de qualquer ou sem qualquer outra religião.
A força que move a Vida é a Esperança. É ela que renova nossas forças, ao fim de cada dia; que nos dá energias para levantar, quando caídos, para voltar à luta, quando derrotados.
É ela que se mantém, chama pequenina talvez, acesa e brilhante, a nos guiar na escuridão que nos envolve, em alguns trechos do caminho.
A Esperança de dias melhores, de saúde para os doentes, de alegria para os tristes, de companhia para os solitários, de amor para os que o buscam.
A Esperança de que a gente se eternize nos corações onde nos instalamos, pela Amizade, de que seremos lembrados com carinho, quando ausentes.
Ensina-nos a Natureza que o plantio precede a colheita. Tenhamos a sabedoria de escolher com cuidado as melhores sementes de Esperança, plantá-las com atenção em nossos corações e mentes, cuidá-las com dedicação de bons jardineiros.
No momento preciso, seremos abençoados com a beleza e a alegria de suas flores, seremos alimentados com a doçura de seus frutos.
(Barcelona, 25 de março de 2005.)