DURA VERDADE, MAS A VERDADE
Quando teus passos te levarem às celas,
Para confortar os que lá trancamos,
Lembra-te das vítimas e das seqüelas
Deixadas naqueles que ignoramos.
São estes em verdade os prisioneiros,
Condenados à dor, à orfandade,
Pelos assassinos, ladrões rueiros,
Cuja única meta é a maldade.
São as vítimas que se encontram tristes
E que merecem teu conforto amigo,
Não os malfeitores a quem assistes.
Os seres humanos, depredadores,
Devem pagar o crime com castigo,
Pois só assim provocam menos dores.
(M. de Valença, 26.12.2008)
AO FIM DO DIA
Quando juntos, na hora da despedida
Nossas mãos se afagarem, suavemente,
Deixarei, sem medo, passar a vida,
Pois nosso Amor continuará presente!
Não ouvirás de mim palavras tristes
Nem lamentos por coisas não vividas,
Pois se eu existo é porque existes
E porque nossas preces são ouvidas!
Deixando o mundo, hei de pedir somente
Que sorriam teus olhos como outrora,
Quando nos amamos, intensamente!
Se assim fizeres, seguirei feliz,
Iluminado pelo sol da aurora
Que mora n’alma de quem tanto quis!
(M. de Valença, 25.12.2008)