OLHOS BONS
“Olhos bons, dai-me o vosso brilho lindo!
Que eu viva unicamente para ter-vos,
Como dois dedos trêmulos ferindo
O teclado vibrátil dos meus nervos!”
Sede o farol e a luz do caminho
Que percorro sempre, à vossa procura!
Se asas cansadas, sede meu ninho
Onde eu tenha paz, conforto e ternura!
Talvez quem sabe quando chegue a morte
e nos separe, em breve eternidade,
console-me saber que eu tive a sorte
de, no passado, ter-vos encontrado,
alcançando assim a felicidade
de amar alguém por quem eu sou amado!
(M. de Valença, 3.8.2012)
O AMOR, ESSE MISTÉRIO!
Todos meus amores são um somente,
Somente um, não mais, depois de tantos!
Por este amor chorei todos os prantos
E ri todos os risos, bem contente!
Mistério dos mistérios, toda a vida
A gente passa a procurar o Amor
Por entre amores mil, de toda cor,
De toda forma a se fazer sentida!
Buscamos nas ruas e no deserto,
Nas metrópoles e vilas sem nome,
Nos corações distantes e por perto!
De repente, acontece um olhar,
Toda tristeza se esvanece, some,
E descobrimos o que é Amar!
(M. de Valença, 21.03.2012)