AIATOLULAS 

Um colunista de grande jornal pergunta hoje, sem entender, qual seria o motivo do apoio irrestrito da diplomacia lulista ao regime iraniano, presumindo que teríamos no Brasil “uma democracia representativa no modelo ocidental” e lá, “uma variante extremamente radical da fé muçulmana”. Lembra , perplexo, não existirem entre os dois países “laços históricos ou interesses econômicos e políticos – lá fora ou aqui dentro – que expliquem essa atitude.”

A política externa do regime brasileiro da hora, com seu viés castrista enrustido - mas não muito - não honra, de fato, as aspirações democráticas e tradições ocidentais do Brasil. Trata-se, apenas, de incontrolável desejo de associação aos que lhe são parecidos em seus sonhos de dominação: pequenas e feias ditaduras vestidas em peles democráticas, teocratas ou não, órfãs do comunismo morto e enterrado sob o entulho do muro de Berlim. O que o regime iraniano tem a ver com o comunismo? O mesmo que o torna semelhante ao fascismo: o ranço fedorento das ditaduras, de esquerda ou de direita.

O declarado projeto político do soviept brasileiro é de permanecer no poder  por “pelo menos vinte anos”.  Os comandados do caricato ditaor cubano , a exemplo de seu sanguinário “comandante”, não escondem mais que farão de tudo para permanecer indefinidamente no trono, o que lhes tira o direito se serem considerados democratas. Pouco  importa se teocracias ou mafiocracias, ocidentais ou não. O que vale para esse tipo de político é o uso da droga inebriante do poder, dos palácios e das dachas, dos conchavos mensalânicos produzidos nas mansões suspeitas, do assistencialismo comprador de votos e dos discursos hipócritas e politiqueiros que lhes garantam alcançar seus sinistros objetivos.  Isso, meu caro colunista, é o que aproxima e faz iguais os regimes dos aiatolás e dos aiatolulas.

 

(M. de Valença, 12 de junho de 2010)

 

VIVA ZAPATA!

Quando, dias atrás, o preso político cubano Orlando Zapata Tamayo ofereceu  sua vida em defesa da Liberdade de seu Povo e contra a ditadura comunista da família Castro,  Cuba perdeu um corpo temporal e ganhou um espírito eterno! Ganhou um Mártir, ganhou um Herói!

O descarado apoio do governo brasileiro à ditadura castrista, se fosse apenas feito do bilhão de dólares em investimentos recentes na ilha stalinista, já seria um grande erro de julgamento político. A cumplicidade ideológica dos comandados brasileiros ao seu “comandante” cubano transforma a posição do governo tupiniquim em absoluto desastre ético que não deveria surpreender ninguém mas de trágicas consequências.

Enquanto os corruptos do PT e de outros partidos governistas se locupletam nas dachas reservadas aos comissários fiéis ao poder da hora e seus teóricos chiitas babam ódios generosos contra os tempos da ditadura no Brasil, todos eles se mantém inabalados em seu apoio ao regime ridículo, retrógrado e sanguinário dos esquerdistas cubanos.

Fidel Castro, assim como os militares e civis brasileiros do AI-5, traiu  seu povo quando, à frente de uma revolução para livrar o país de um regime corrupto, devolvendo-lhe a Liberdade e o Respeito, implantou sua própria ditadura. Cínicos, hipócritas como são todos os ditadores e seus asseclas, da direita ou da esquerda, Fidel e seus “comandados” petistas odeiam os regimes de exceção, a menos que sejam eles os “guias” ou “comandantes” a desfrutarem das benesses e dos palácios do poder.

No Brasil, a esquerda que sonhou um dia tomar o poder pelas armas, conforme as cartilhas soviéticas, albanesas, chinesas e de outros tons avermelhados, chegou lá com mentiras e pelo voto democrático das urnas, recurso não previsto ou respeitado por seus ideólogos. No falso trono, querem fazer do Brasil o que o bufão venezuelano está fazendo em seu país: um “paraíso” para eles e um inferno para nós outros, o povo.

Zapata não morreu em vão! A História, que joga na vala do desterro os nomes podres dos ditadores e assemelhados, reserva aos que lutam contra a injustiça, o terror e a opressão,  o lugar de respeito que estes merecem. A fome que matou Zapata é a fome de Liberdade e Justiça e esta jamais morrerá!

Um dia, o povo cubano poderá finalmente viver em Liberdade. Que os brasileiros não tenham que voltar a sonhar com Ela. Viva Zapata!

(M. de Valença, 26 de fevereiro de 2010)