DO AMOR
Não pedirei perdão por te amar assim,
Não pedirei licença para ser feliz!
Lamentarei, às vezes,
ser incompreendido em minha poesia,
por te querer assim.
Mas perdão por quê,
se à sombra dos meus sorrisos, quando penso em ti,
nascem carícias luminosas que enfeitam a noite do mundo
e trazem paz aos seus dias?
Não, não pedirei perdão por ser assim amante.
Afinal, sei que o Amor é a ausência de fronteiras,
a inexistência de razões, a transparência de tudo.
(Beirute, 25.6.1981)
TU ou VOCÊ
Eu amo você. Eu te amo.
Que importa a pessoa, se a pessoa é sempre você,
se é sempre teu o carinho que mora em meus olhos,
que são teus ou seus?
Que importa se segunda ou terceira do singular,
se nós vivemos juntos o plural de um,
se é em você que encontro a força de conjugar
minha vida, sua ou tua?
Eu amo você. Como eu te amo!
(Beirute, 26.5.1981)