MEU SOL, TEUS OLHOS

Porque te amei assim como quem vai morrer

e dá-se por inteiro, como a sombra à luz,

eu fui teu candeeiro e tu, meu sol interior.

 

Ah, que triste tua ausência!

Que vazio enorme deixaste em mim,

no calor da noite, no frio do dia,

na brisa mansa que me acaricia,

em nossas canções, nos teus silêncios,

em todos os meus sentidos!

 

Nada restou do adeus a não ser a esperança leve

de que voltarás a iluminar meus olhos...

 

(Marquês de Valença, 1.9.1981)
 

MOTIVO

A intensidade do Amor

Pode até mesmo cegar.

Quem olha o sol, sem temor,

Nada mais pode enxergar.

 

Por isso fico sozinho,

não consigo mais amar.

Foste a luz em meu caminho,

fiquei cego ao te olhar! 

 

(Barcelona, 23.4.2006)