TUA VOZ
Eu te encontrei num satélite amoroso
e o oceano sorriu, enternecido.
A minha tristeza encontrou a tua
e falaram da ausência de nós dois.
Nossas esperanças se sorriram
e eu guardei em mim tua voz macia, teu carinho.
Valença, Londres...
Que distância enorme, a da saudade!
(Marquês de Valença, 6.9.1981)
CANTIGA CIGANA
Por que tiveste medo, se me convenceste
e, se querias vir, por que permaneceste?
Por que me deste sonhos e a ilusão de ser amado,
se hoje, quando acordo, estou triste, abandonado?
Por que me permitiste amar-te tanto assim,
se agora estou sozinho, enquanto estás em mim?
(Marquês de Valença, 1.9.1981)