Riso e Choro

Gosto que a prostituta ria

E vomite, com seu riso belo,

O veneno do pecado;

E sinto pena da virgem que chora,

Enquanto se envenena

De desejos sãos, apodrecidos

Nos seus galhos íntimos,

Porque não colhidos.

 

Gosto que a menina ria

E sopre leve, com seu riso manso,

O perfume do equilíbrio;

E sinto pena da mulher que chora,

Enquanto se envenena

De remorsos poluídos

No seu espaço íntimo,

Porque não assumidos.

 

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