NO GUARDANAPO DE UM BAR

É tão triste o amor, quando morre.

A vida fica mais pobre

quando um amante se entristece,

quando o Amor se cala

e, dos seus olhos de sonho,

correm lágrimas de adeus.

 

(Beirute, 15.8.1980)
 

CINZAS DE LUZ

A terra ardia de paixão pelo fogo, que a consumia

e, quanto mais amor, mais ardia!

Tu foste o fogo, eu a terra.

Tu queimaste, me consumindo pouco a pouco, sorrindo.

Exauri-me de mim mesmo, por inteiro doei-me

e, em mim, te apagaste, lentamente.

Agora és fogo morto; eu, terra abrasada

e nosso amor, cinzas, mais nada.

 

(Beirute, 11.8.1980)