LUZ DAS MONTANHA
O mar são teus olhos; as ondas, teu sorriso,
que eu espero na areia, que eu desejo abraçar!
A lua brilha em tuas mãos
e desliza em teu corpo ondulado,
em teu corpo de sol e sal, que eu desejo beijar.
O mar se agita e ondas sensuais
se derramam nas areias de mim,
quando teus olhos insinuam carícias.
O mar se cala e espumas inocentes
acariciam seixos que sorriem
quando teus olhos estremecem de ternura.
O mar em teus olhos, teus olhos no mar,
mistério que vai e vem nas ondas de tua ausência.
Ah, Amor, que desvario o de se amar o sol, o mar, a lua!
Que doce loucura amar uma estrela,
um sonho, uma gota de orvalho!
Que profundo o amor que te dedico,
que triste o amor que é minha felicidade...
(Beirute, 3 e 16.3.1980)
COMME D'HABITUDE
Como de hábito, eu penso em ti
e dispo teu corpo de tuas roupas,
e tua alma de teu corpo.
Como de hábito, eu sou a lembrança viva
de tua vida em mim.
(Beirute, 21.2.1980)