Amizade

Os sentimentos dos seres criados - entre os quais o humano - são a riqueza espiritual de seus possuidores.

Dentre eles, a Amizade, forma de Amor, invisível laço que aproxima e une duas ou mais criaturas.

Parece, às vezes, ser fruto de reencontro de duas almas, tamanha  intensidade com que se manifesta, em curto tempo.

Outras vezes brota, tímida como a sair de uma semente despertada  e, aos poucos, vai crescendo, para se transformar em frondosa árvore.

O certo é que não é compulsória, nem mesmo entre os que são unidos pelo sangue, muito menos entre os que apenas convivem, por dever de ofício ou social.

Assim como o jardineiro sabe o segredo da semente, e dela cuida, com paciência e zelo, os candidatos a Amigos devem cuidar do objeto de seus sentimentos.

Sequer o laço sanguíneo mais forte e poderoso - que une o Filho à sua Mãe, - traz consigo, necessariamente, o tesouro da Amizade, que deve ser, sempre, conquistado, trabalhado, merecido. Tal como dedicamos, aos que queremos querer como Amigos, nosso tempo e carinho, também aos nossos Pais, Filhos e Irmãos, devemos os mesmos cuidados, se pretendemos habitar seus corações, se queremos que habitem os nossos.

A Amizade entre dois seres nasce na forja das Virtudes: Lealdade, Bondade, Solidariedade, e outras. Será tão mais forte e bela, quanto à qualidade do material levado ao fogo da convivência, e à destreza e perseverança de seus forjadores.

Por ser imaterial, não perecerá, a menos que deixada sem cuidados. Aqueles que souberem mantê-la viva, a verão crescer, vida após vida, encontrando nela Conforto, Paz, Alegria.

 

(Barcelona, 11.9.2004)

 

MARQUÊS DE VALENÇA, O LAR

Em minha página na rede, tratarei também de assuntos relativos à cidade onde nasci, que me viu crescer, onde fui educado e preparado para a Vida. É a terra de meus Pais, meus Irmãos e Irmãs,  da maior parte dos meus Amigos. É a terra de meu Filho. É meu berço e, um dia, lhe devolverei meu corpo, como último gesto de gratidão e reconhecimento de que "sou" de Marquês de Valença.

É onde os jardins têm apelidos e são chamados, carinhosamente, "de Baixo", "de Cima" e "da Estação"; as ruas são "da Leiteria", "da Feira", "do Sabão" e outras; a maior parte das pessoas têm nomes e, os que não conheço de chamar, reconheço ao ver passar.

Perdoem-me, outros Valencianos - que certamente amam Marquês de Valença tanto quanto eu - se parecerei, às vezes, querer saber das soluções dos problemas de nossa terra. Não sei. Sei apenas que quero contribuir, o quanto possa, para o progresso e o bem estar de nossa gente, de nossa cidade e município. Assim, darei minhas opiniões e, se forem boas, que sejam aproveitadas.

Acredito que, somente se trabalharmos juntos, se deixarmos de lado vaidade, orgulho e interesses menores, seremos capazes de fazer progredir, como desejamos, nossa região. Não tenho intenção de disputar cargo político na administração de nosso município. Falta-me "jogo de cintura" para tal fim, segundo críticas sinceras e bem recebidas. Meu partido tem um nome: Marquês de Valença. Quero fazer a Política maior, indispensável, que nos permita vislumbrar caminhos a serem percorridos, e oferecer idéias e projetos que tragam benefícios duradouros ao nosso Povo. Não o faço sem interesse. Penso no futuro de meu filho, netos e descendentes.

Enquanto escrevo estas linhas, longe de casa, muitos estarão aí em nossa cidade, certamente, trabalhando pelos ideais que também são meus. A esses, meu reconhecimento e gratidão. Quando voltar, em futuro breve, serei mais um.

 

(Barcelona, 6.9.2004)