DIA DA CONSCIÊNCIA.
As autoridades, quase sempre habitantes de um planeta que não é o nosso, o dos mortais comuns, decidiram que hoje deve-se comemorar o “Dia da Consciência Negra”, justificando sua decisão com o reconhecimento da contribuição da “raça negra” para a formação cultural e genética da Nação Brasileira.
Zumbi dos Palmares, o líder do quilombo onde se refugiaram não somente negros mas também índios, mestiços e brancos que fugiam das injustiças dos senhores das fazendas coloniais, bem merece ser lembrado e festejado. Mas não por ser negro e sim porque lutou bravamente por um grande Ideal: o do reconhecimento da igualdade dos seres, independente de suas origens biológicas.
A Ciência já provou que todos os habitantes do planeta tiveram origem numa pequena tribo africana. Somos, portanto, todos afro-descendentes, sem importar a cor de nossa pele. Uns mais, outros menos “desbotados” em nossa pigmentação, somos filhos de Mama África.
Saber disso, reconhecer isso, divulgar isso, é combater a idéia burra, revoltante e ultrajante do racismo! Aceitar a existência de “dia disso”, “dia daquilo”, é aceitar a existência mesmo de diferenças que não existem. Não existe raça negra, raça branca, raça vermelha ou amarela. O que existe é a raça dos homens.
Nas palavras do amigo e pedreiro Paulo, o que se devia comemorar hoje, como em todos os outros dias, é o Dia da Consciência Humana! Assim, honraríamos todos os nossos antepassados e educaríamos melhor nossos filhos e netos.
(M. de Valença, 20.11.2009)
GRUPO DE ELITE
Se não chegamos ainda ao fundo do poço, é mais assustador ainda! Os jovens têm cada vez menos oportunidade de receber boa educação, seja ela intelectual ou de Caráter.
Quase que diariamente tomamos conhecimento de comportamento absolutamente inaceitável por parte dos nossos jovens, tanto nas relações entre eles quanto às que mantêm com os mais velhos. Respeito a eles mesmos e aos demais, educação e cortesia são expressões que perderam seu valor. Com isso, a convivência em sociedade mostra-se, cada vez mais, insuportável.
Pior ainda, muitos adultos, irresponsavelmente, contribuem para a deformação do Caráter da juventude. Os jornais de hoje publicam notícia sobre livros didáticos de Língua Brasileira distribuídos na rede de ensino em Minas Gerais, contendo palavrões em seus textos.
O que fazer? O que faremos? O que farei, a respeito disso? Cruzaremos os braços enquanto reclamamos ou tentaremos mudar o estado atual das coisas?
Outros Antigos Escoteiros e eu decidimos agir para resgatar os valores que não deveriam jamais ter sido perdidos. Estamos reativando o Escotismo em nossa cidade, construindo uma bela e funcional Sede para o Grupo Escoteiro. Vamos equipá-la, preparar jovens adultos para a liderança dos mais novos e reabrir o Grupo, fundado em 1968 e continuação do primeiro em Valença, fundado em 1923.
O objetivo a ser alcançado está definido: oferecer aos jovens que assim desejarem a oportunidade de ingressar na Fraternidade Mundial Escoteira e, desse modo, terem a chance de serem melhores pessoas. Aqueles que decidirem ser Escoteiros devem saber de antemão que, para cumprir a Promessa e a Lei Escoteira, terão que adotar comportamento diferente do que é, atualmente, tido como “aceitável”, por muitos jovens e adultos, em seus lares e escolas. A recompensa que terão será a de pertencer a uma verdadeira elite: aquela dos homens de bom Caráter. Para realizar nosso projeto, não pouparemos esforços nem sacrifícios, não buscaremos quantidade de Escoteiros mas sim Escoteiros de qualidade. Não queremos menos, não faremos por menos.
(M. de Valença, 29.9.2009)